O Tribunal Superior de Londres, no Reino Unido, decidiu dar continuidade ao processo de dívida secreta de dois milhões de dólares de Moçambique contra o banco Crédit Suisse e a empresa Privinvest, escreve o Club Of Mozambique.
Trata-se de um caso que
envolve fornecimento de embarcações e outros sistemas para projetos de pesca e
proteção costeira, envolvendo figuras do Estado e empresas estrangeiras.
As autoridades moçambicanas
iniciaram um processo, no ano passado, alegando que os contratos de
fornecimento eram unilaterais e correspondiam a “fraudes” ou “instrumento de
fraude” e que subornos foram pagos a certos funcionários e indivíduos em
Moçambique, e o principal vendedor e negociador da Privinvest.
No artigo assinado por Joseph
Hanlon, lê-se que Moçambique alegou que havia uma conspiração para torná-lo
responsável das garantias e que a Privinvest e o Credit Suisse eram
responsáveis por essa conspiração.
A Privinvest e seus
subcontratados entraram com um pedido em tribunal para atrasar os procedimentos
para permitir a arbitragem.
Mas em meados de julho, o
Supremo Tribunal de Londres rejeitou o recurso, dizendo que não era razoável
atrasar o caso por três anos, e que agora o mesmo irá adiante.
Não se sabe quando é que
haverá uma nova audiência do caso.
Enquanto isso, continua detido
na África do Sul o antigo ministro da Finanças de Moçambique, Manuel
Chang, com um pedido de extradição dos Estados Unidos, ao qual Moçambique
se opõe.
Os outros acusados estão
detidos em Maputo, onde as autoridades prometem julgamento ainda este ano.
Fonte: Sapo
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