![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikoGceotp4SF1M-bg-HLre1OTD6UgesjUUJqGHaPsmga8LPsXpX7OMp4cRgIvkpCCCba4a_cQiDd2pVO9GrtixgyHURlZo2C7fwIqzWSK5KHqWTU6frrQISeAMvrSSSjvN5Rg_gGCorzSP/s320/unidade+de+dor.jpg)
O Ministério da
Saúde moçambicano anunciou hoje que vai retirar a regra que limita o acesso aos
serviços de saúde com base nas roupas ou a aparência em todos hospitais do
país, após contestação de uma organização não-governamental.
A Direção Nacional da Assistência Médica vai
“elaborar uma circular a orientar as direções clínicas dos hospitais para não
limitarem o acesso dos utentes ao serviço nacional em função da indumentária”,
lê-se num documento do Ministério da Saúde que a Lusa teve hoje acesso.
O documento, assinado pelo
ministro da Saúde, Armindo Tiago, surge em uma resposta a uma petição submetida
a 31 de julho pelo Observatório do Cidadão para Saúde (OCS), uma ONG
moçambicana, que alertava para ilegalidade da regra.
Segundo um comunicado da OCS
distribuído na altura, têm surgido queixas de cidadãos que alegam que estão a
ser impedidos de ter acesso aos
serviços de saúde devido aquela regra, que vigorava também no
edifício do Ministério da Saúde, em Maputo.
“Os grupos mais afetados são
mulheres e raparigas, jovens, adolescentes, minorias sexuais e cidadãos que se
apresentam de `dreadlocks´ [rastas, um penteado na forma de mechas emaranhadas]
que sofrem estigma pelos serviços de saúde, devido a sua apresentação”, refere
a ONG
A proibição, acrescenta,
agudiza o problema de acesso a saúde num país onde há “populações que percorrem
uma média de 25 a 60 quilómetros” para chegarem a uma unidade saúde.
“A saúde é um direito
fundamental de acordo com o artigo 89 da Constituição, que diz que todos têm o
direito à assistência médica e sanitária, nos termos da lei, bem como o dever
de promover e defender a saúde pública”, concluiu, na altura, a ONG.
0 Comentários